3/21/2006

Origem e Evolução dos Mamíferos

A origem dos mamíferos é considerada muitas vezes como um acontecimento relativamente súbito e instantâneo à escala do tempo geológico, que se deu algures no final do Triásico. No entanto, os mamíferos são o produto de uma linhagem que teve início nos répteis sinapsídeos e as estruturas anatómicas características dos mamíferos evoluíram em mosaico, durante todo o período que vai do Pérmico ao Triásico.
Os mamíferos tiveram origem num grupo extinto de répteis sinapsídeos, os terapsídeos, que viveram entre o Pérmico Médio e o final do Triásico. Os terapsídeos eram répteis mamaliformes e mamíferos reptilianos, que possuíam já um esqueleto e dentição característica dos mamíferos e desenvolveram a endotermia. Estes animais foram os vertebrados dominantes durante o período final do Pérmico e foram o único grupo de sinapsídeos que sobreviveu à grande extinção maciça que se deu na transição Pérmico-Triásico. Um dos grupos de terapsídeos que sobreviveu a esta extinção, diversificou-se no início do Triásico e, até ao final deste período, vai dar origem aos verdadeiros mamíferos.
No entanto, a linhagem dos diapsídeos, répteis que deram origem aos dinossáurios, diversificou-se e acabou por dominar o mundo durante mais de 150 milhões de anos. Os mamíferos estiveram presentes durante todo este período, através de espécies nocturnas de pequenas dimensões, evitando assim a competição directa dos répteis, que eram animais essencialmente diurnos. Apesar dos mamíferos do Triásico terem desenvolvido quase todos os atributos dos mamíferos modernos, tiveram de esperar cerca de 150 milhões de anos para atingirem a sua maior diversidade.
Morganucodon, mamífero insectívoro do Triásico.
Os primeiros mamíferos verdadeiros aparecem no registo fóssil no final do Triásico. Posteriormente, durante o Jurássico produz-se a primeira radiação adaptativa do grupo. Os Monotrematos, grupo de mamíferos que pertence, entre outros o ornitorrinco, formam actualmente uma fauna residual especializada com características muito primitivas, e da qual quase não se conhecem representantes fósseis. A sua origem e antecessores mesozóicos constituem uma questão por resolver. Durante o Cretácico Superior dá-se a origem dos grupos que compreendem a quase totalidade dos mamíferos terciários e actuais, os Marsupiais e os Placentados. No início do Cenozóico estes grupos sofrem uma grande radiação e diversificação, que dá origem aos principais grupos de mamíferos actuais.
Esta grande radiação é atribuída, parcialmente, à desocupação de diversos nichos ecológicos terrestres ocupados pelos dinossáurios e outros grupos animais, que se extinguiram no fim do Cretácico. Após a extinção dos dinossáurios, a grande parte destes nichos vai ficar desocupada, o que permite a sua ocupação pelos mamíferos, que puderam diversificar-se dando origem à maioria das linhagens modernas. O resultado desta radiação é a grande diversidade de mamíferos vivos e fósseis, que acabaram por se tornar, juntamente com as aves, um dos grupos de vertebrados terrestres dominantes na Terra.

Postosuchus

Postosuchus was an archosaur ("ruling reptile"), a major group of living and extinct reptiles that includes crocodiles, dinosaurs, pterosaurs and birds. Postosuchus was on the line to crocodiles, but it was not a crocodile itself. Postosuchus evolved in the Late Triassic period. It was the top carnivore of the age. Its skull was short and broad, but it had a narrow snout and deep powerful jaws. Heavy-duty armour consisting of rows of plates covered its long back. It had a unique upright stance with straight legs directly beneath its body suggesting a quick and efficient runner. It is sometimes called a "running crocodile". It had longer back legs than front legs. Some palaeontologists believe it ran on two legs, but the majority think that it did so on four.

Coelophysis


O celófise ou coelophysis (Coelophysis bauri, do latim "forma oca") foi uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu no fim do período Triássico. Media de 2,5 a 3 metros de comprimento, 1 metro de altura e pesava cerca de 28 quilogramas.
O celófise viveu na América do Norte e seus registros fósseis foram encontrados no Arizona e no Novo México, nos Estados Unidos. Acredita-se que esse pequeno dinossauro vivesse em grandes bandos para que pudessem caçar animais bem maiores.

3/20/2006

Placerias









Placeria, um Réptil Mamaliano. Ver filme : manada de placerias a beber água

Este réptil herbívoro foi um dos mais modernos terapsídeos.

"Vamos viajar pelo nosso planeta há 220 milhões de anos, durante o período triássico. Uma época em que os dinossauros, como o celofaissus, estavam apenas surgindo e conviviam com outros animais pré-históricos que não eram dinossauros, como as placerias, os cinodontes e o feroz postosuco. "

(para ver texto e imagens do filme)

Hylonomus


Hylonomus is one of the first known reptiles (and as such was the first creature to lay an egg, known as the 'amniote egg' on land).


Descendente dos Anfíbios

Terápodes

Os terópodes eram dinossauros bípedes e carnívoros. Foram chamados de terópodes, que significa "pés de monstro", por causa dos dedos de seus pés em forma de garras afiadas. Exemplo de grandes terópodes: Allosaurus; o Tyrannosaurus rex

O elo de transição entre répteis e mamíferos


Cinodonte, o réptil-mamífero

Os cinodontes pertenceram ao grupo dos sinápsidos,: grupo de transição entre os répteis e os mamíferos. O que falta é precisar qual linhagem de cinodonte gerou, há cerca de 210 milhões de anos (mais ou menos a época em que os dinossauros surgiram), os primeiros seres com as características ósseas que hoje definem um mamífero: quatro tipos de dentes diferenciados funcional e anatomicamente, ouvido médio com três ossículos condutores de som e crânio avantajado. Por reunirem pioneiramente esses traços ósseos e, provavelmente, apresentarem sangue quente, pêlos no corpo e glândulas produtoras de leite para a prole, esses bichos foram os exemplares primordiais dos futuros mamíferos. Viviam em tocas e eram activos durante a noite, período durante o qual caçavam para alimentar as crias. Eram animais que investiam na protecção às crias.

3/18/2006

Earth History

Um site (em Inglês) sobre a Evolução da Vida na Terra. Parece ser bom!

http://www.earthhistory.co.uk/recolonisation/first-steps-on-land/

3/17/2006

ICTHYOSTEGA

Um dos melhores fósseis de transiçao entre a vida aquática e a terrestre é o Icthyostega (apresenta características de peixe e de anfíbio).
Os vertebrados terrestres descendem de uma classe de peixes antigos denominados "peixes de barbatana lobulada", ou Crossopterigianos. Em particular, a família de peixes de água doce dos Crossopterigianos conhecida como Rhipidistianos tinha um número de traços únicos em comum com os vertebrados terrestres. Os Rhipidistianos de água doce parecem ter sido os ancestrais diretos dos primeiros vertebrados terrestres, enquanto que outros Crossopterigianos evoluíram para especializados peixes marinhos de mares profundos. Como os animais de mares profundos raramente são fossilizados, não há rastros dos Crossopterigianos no registro fóssil após o final do Cretáceo, cerca de 65 milhões de anos atrás. Entretanto, sabemos que os Crossopterigianos evoluíram para peixes cada vez mais especializados para uma vida em mares profundos porque em 1939 um Crossopterigiano vivo, o Coelacanthus lattimeria, ou Celacanto, foi dragado de uma fossa marinha nas costas da África.
Entre as características únicas que apareceram nos peixes Rhipidistianos foi um padrão de crânio que se aproxima ao dos mais primitivos anfíbios conhecidos. No peixe Rhipidistiano Osteolepis, há dois ossos no teto do crânio que correspondem aos ossos parietais dos vertebrados terrestres, e entre eles existe uma abertura para a glândula pineal ou "terceiro olho", que nos animais terrestres serve como detector de luz para calibrar os relógios internos. [As aves, por exemplo, "sabem" mediante esta glândula quando se encurtam os dias -- entrada do inverno -- época em que diminuem ou cessa sua produção de ovos já que não é adequado reproduzir-se em virtude de recursos alimentares escassos e baixas temperaturas. Os avicultores "enganam" as aves mediante luz artificial].
Os Rhipidistianos também se caracterizavam por duas articulações móveis que se estendiam através do crânio, uma no teto da boca, e a outra na base do crânio. Estas articulações permitiam ao peixe aumentar a abertura de sua boca e engolir objetos maiores.
De longe, as características mais importantes dos Rhipidistianos, entretanto, eram suas barbatanas lobuladas, as quais consistiam de dois pares de projeções polpudas com uma barbatana radiada em seus extremos. Cada lóbulo continha vários ossos e músculos que permitiam que a barbatana se movesse, o que permitia ao peixe se impulsionar ao longo do fundo do rio (algo parecido ao moderno "bagre caminhante"). A barbatana lobulada dos Rhipidistianos estava altamente desenvolvida em espécies posteriores, como o Eusthenopteron. O Eusthenopteron diferia de muitos outros Riphidistianos por ter várias projeções ósseas partindo de seus ossos vertebrais, as quais davam uma proteção adicional à medula espinhal.
No Devoniano superior, há uns 375 milhões de anos atrás, apareceu o primeiro vertebrado terrestre conhecido, chamado de Ichthyostega. O Icthyostega possuía membros bem desenvolvidos com cinco dedos, assim como todos os outros vertebrados terrestres. Os membros do Icthyostega possuíam uma estrutura esquelética que consistia de um osso superior grande e único (chamado de úmero no membro dianteiro e fêmur no posterior) e dois ossos longos na extremidade mais inferior (chamados de rádio e ulna no membro dianteiro; e tíbia e fíbula no membro posterior). Os dedos e "punhos" são formados por um grande número de ossos menores. Este padrão também é encontrado em todo vertebrado terrestre. As polpudas barbatanas lobuladas dos peixes Rhipidistianos têm uma estrutura óssea idêntica, que corresponde um com um com os esqueletos dos membros de Icthyostega e outros vertebrados terrestres.
Além de seus membros com cinco dedos e outras características anfíbias óbvias, entretanto, o Icthyostega ainda possuía várias das características que eram únicas aos seus ancestrais, os peixes Rhipidistianos. A mais evidente destas era uma grande barbatana radiada, como a dos peixes, junto às bordas posteriores da cauda. Os suportes da barbatana óssea encontrados no Icthyostega são idênticos aos encontrados nas barbatanas da cauda dos Rhipidistianos, e não se encontram em nenhum outro grupo de anfíbios. O Icthyostega também retinha pequenas escamas em sua pele, um traço característico dos peixes Rhipidistianos mas não dos anfíbios, que possuem uma pele lisa, sem escamas.
Várias características do crânio do Icthyostega eram também compartilhadas com os Rhipidistianos. Os Rhipidistianos, como muitos peixes, possuíam vários ossos do crânio conhecidos como operculares, sub-operculares e pré-operculares, que sustentam as coberturas de guelras (opérculo) dos peixes, as quais protegem as guelras. O Icthyostega não possuía opérculo, e tinha pedido os ossos operculares e sub-operculares de seus ancestrais peixes, mas ainda mantinha os ossos pré-operculares, ainda que reduzidos no tamanho, na mesma posição precisa que estes ossos apareciam nos Rhipidistianos. A articulação móvel da base do crânio dos Rhipidistianos ainda estava presente nos Icthyostegas, mas a articulação do céu da boca era fundida e imóvel. O Icthyostega também retinha a abertura pineal no crânio a qual caracteriza os anfíbios (e que também estava presente nos Rhipidistianos).
Outra característica do crânio dos Rhipidistianos era a configuração das fossas nasais. Em todos os anfíbios, as narinas internas estão separadas das aberturas externas no crânio por uma ampla barra óssea. No Icthyostega, as narinas internas estão muito próximas das narinas externas, e estão separadas por apenas um fino osso, assim como nos Rhipidistianos. Icthyostega também possuía um pequeno osso rostrolateral entre as narinas, que é encontrado nos peixes Rhipidistianos mas não em qualquer outro crânio anfíbio.
Os ossos vertebrais do Icthyostega eram também muito parecidos aos dos peixes Rhipidistianos. Se bem que cada osso vertebral possuía uma projeção ou "processo" ósseo, as vértebras eram soltas e não estavam firmemente conectadas umas às outras como ocorre em todos os outros vertebrados terrestres. Já que os animais terrestres necessitam de uma forte e sólida coluna vertebral para sustentar seu próprio peso contra a gravidade, isto sugere que, apesar dos membros com cinco dedos, o Icthyostega ainda não tinha se tornado eficiente em locomoção terrestre e provavelmente passava a maior parte do tempo na água (como seria esperado num animal de transição peixe-anfíbio), utilizando seus membros para empurrar a si mesmo ao redor do fundo do rio. Isto é confirmado pela presença no esqueleto do Icthyostega dos canais para as linhas laterais usados pelos peixes para sentir as vibrações na água.
O Icthyostega e seus descendentes posteriores pertenciam a um grupo de anfíbios conhecidos como Labirintodontes, ou "dentes-labirinto", um nome que provém da característica da cobertura dental dobrada em si mesma, formando um complicado padrão tipo labirinto. Este traço único é compartilhado por apenas dois grupos de animais -- os anfíbios Labirintodontes e os peixes Crossopterigianos.
Portanto, os fósseis de Icthyostega demonstram claramente um animal que possuía vários traços que eram únicos a dois grupos de animais inteiramente separados. Os traços tipo anfíbio do Icthyostega -- os membros pentadáctilos e as cinturas pélvicas e escapulares -- marcam o Icthyostega como o mais antigo vertebrado conhecido capaz de caminhar na terra, enquanto que seus traços tipo peixe -- as escamas, os ossos pré-operculares, as barbatanas ósseas radiadas, a configuração das fossas nasais, e a coluna vertebral frouxamente interconectada -- marcam-no como bastante primitivo e similar a um peixe, numa curiosa mistura de atributos transicionais entre peixes e anfíbios. Os criacionistas estão totalmente perdidos ao explicar todos estes traços únicos, tanto aos peixes Rhipidistianos como ao Ichthyostega.

3/14/2006

Sons de Aves

Sons de aves para ouvir!

Hoatzin


Hoatzin, uma ave que ainda vive em nossos dias, também tem garras nas asas na sua forma juvenil, tal como a Archeopteryx (fóssil de transição entre répteis e aves).

3/13/2006

Era Mesozóica

Triássico: Domínio dos Répteis

Ictiossauros
Répteis do Mesozóico adaptados à vida aquática, semelhante a peixes, com forma similar ao golfinho moderno e que desapareceram há 65 milhões de anos.

Pterossauros
Animal próximo aos dinossauros que desenvolveu a capacidade de voar.(primeiros vertebrados voadores)
Notossauros
Répteis marinhos primitivos que nadavam com a cauda. Eram comuns no triássico mas foram substituídos pelos répteis marinhos mais desenvolvidos do mesozóico.
Plessiossauros
Plesiosauria era uma ordem importante do Mesozóico. Incluíram animais de pescoços curtos e longos. A variedade de pescoço curto é maior e alcançava até 10 metros, e pesavam ao redor de 20 toneladas ou mais, enquanto A variedade de pescoço longo é posterior, mais leve e desenvolveu o maior número de vértebras cervicais do que qualquer outro vertebrado. Plessiossauros evoluíram de Pachypleurosaurus ou Nothosauros durante o Triássico médio, mas tinham pouca importância até o fim daquele período, quando sofreram uma radiação evolutiva surpreendente. Estes répteis dominaram os mares ao longo do Jurássico e Cretáceo até o fim da era de Mesozóica.

Celacanto, fóssil vivo

Os celacantos são peixes muito especiais e, quando foram descobertos, foram considerados fósseis vivos. A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira.
Quando se descobriu o primeiro exemplar vivo, em 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de Coelacanthiformes que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes se encontravam extintos desde o período Cretáceo.

Cecílias

As cecílias são anfíbios, vermiformes, que não têm membros e que vivem enterradas. Aprersentam olhos muito pequenos e usam receptores químicos para detectar as presas. Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram através de pulmões. Alimentam-se de presas alongadas como minhocas, vermes, larvas de insetos e provavelmente também de peixes pequenos. As cecílias são encontradas em regiões tropicais. No Brasil existem espécies aquáticas na Amazônia e terrestres por grande parte do território. São difíceis de encontrar, pois vivem em locais húmidos, enterradas no solo. Os machos desse possuem um órgão reprodutor chamado de falodeu, assim a fecundação nas cecílias é interna. Algumas espécies de cecílias são ovíparas e outras vivíparas, no caso das ovíparas as fêmeas cuidam dos ovos até o nascimento.

Anfíbios I

Os anfíbios (gr. amphi = dupla + bios = vida) incluem três grandes ordens: anuros (sapos e rãs), urodelos (salamandras, tritões e afins) e ápodos (cecílias), além de várias formas fósseis do Devónico (considerado a idade dos anfíbios) e períodos seguintes.
O nome da classe refere, adequadamente, que a maioria das espécies passa parte do seu ciclo de vida em terra e parte em água doce (nunca vivem no mar).
São comuns em regiões temperadas mas a grande maioria é tropical, embora alguns vivam em zonas frias (congelam no período frio) ou desérticas (escondem-se durante o período seco e são nocturnos).
Tanto na estrutura como na função, os anfíbios situam-se entre os peixes e os répteis, sendo o primeiro grupo de cordados a viver em meio terrestre. Os primeiros anfíbios apresentavam pulmões mas também tinham características típicas de peixe, como a pele coberta de escamas e uma cauda suportada por raios cartilagíneos.
A adaptação á vida em meio terrestre levou ao surgimento de características como patas, pele e pulmões (para facilitar a respiração), narinas em comunicação com a cavidade bucal, excreção de menor quantidade de produtos tóxicos e órgãos dos sentidos que funcionam tanto em terra como na água.
Apesar das suas muitas adaptações ao meio terrestre, os anfíbios como grupo estão limitados, na sua expansão para meios secos, pela sua dependência da respiração cutânea, incapacidade de produzir urina concentrada e falta de um ovo resistente á dessecação.
Estes animais são importantes predadores de insectos e invertebrados pequenos e são um importante elo do ciclo de nutrientes entre a água (onde os nutrientes são incorporados nas suas larvas) e a terra (onde morrem os seres metamorfoseados).

Caracterização da classe

As principais características dos anfíbios são:
Pele húmida e glandular – o revestimento corporal é fino e sem escamas, o que tornaria estes animais pequenos demasiado expostos a predadores. Por esse motivo surgem numerosas glândulas secretoras (A) de substâncias tóxicas ou alucinogénias;

Esqueleto – maioritariamente ossificado, crânio com dois côndilos occipitais, costelas (quando presentes) não ligadas ao esterno;

Dois pares de patas – as extremidades (com 4 ou 5 dedos) servem para andar, saltar (este modo de locomoção parece ter evoluído como uma forma rápida de escapar a predadores para a água) ou nadar, nunca existindo barbatanas pares e nas impares não existem raios de sustentação. Alguns sem patas;

Sistema digestivo – um par de orifícios (narinas) em comunicação com a cavidade bucal, fechadas por válvulas que impedem a entrada de água e onde se realiza a percepção química. A boca geralmente apresenta dentes finos e língua protráctil cuja base frontal é fixa;

Órgãos dos sentidos – olhos estão protegidos por pálpebras móveis e glândulas lacrimais (protegendo o olho num meio seco e cheio de partículas estranhas como é o terrestre), ouvidos com columela (desenvolvida a partir de ossos mandibulares dos peixes) e tímpano externo (sapos e rãs), permitindo uma ampliação dos fracos sons transmitidos pelo ar. Com excepção das cecílias, cujo modo de vida obriga a utilizar o olfacto, a maioria dos anfíbios utiliza a visão para detectar as presas, mesmo de noite;

Sistema circulatório – coração com três câmaras (duas aurículas e um ventrículo), glóbulos vermelhos ovais e nucleados;

Sistema respiratóriobrânquias (pelo menos em algum estádio da vida), pulmões, pele, mucosa bucal, separadamente ou em combinação, dependendo da etapa da vida do animal. Algumas espécies de salamandras não apresentam pulmões, dependendo totalmente da pele e da cavidade bucal para a absorção de oxigénio. Na laringe de sapos e rãs existem cordas vocais, com as quais os machos emitem os chamamentos de acasalamento;

Sistema excretor – rins mesonéfricos;
Regulação da temperatura - ectotérmicos;

Reprodução
O ciclo de vida dos anfíbios apresenta geralmente três fases: ovo, larva e adulto, ocorrendo uma metamorfose radical na passagem de larva aquática a adulto.
A fecundação é interna (geralmente urodelos e ápodos) ou externa (anuros), sendo as espécies geralmente ovíparas. A maioria deposita os seus ovos na água mas algumas espécies vão a terra para o fazer e outras ainda retêm os ovos no interior do corpo de formas diversas.
Quando a fecundação é interna, o esperma é transferido para o corpo da fêmea envolto numa cápsula gelatinosa - espermatóforo - como no caso dos urodelos ou através de um órgão semelhante a um pénis, como no caso dos ápodos. Para que tal aconteça com eficácia deve existir muita coordenação de movimentos, obtida por complicados rituais de acasalamento.
Os ovos contêm uma quantidade de vitelo apreciável e são envolvidos por uma capa gelatinosa que seca rapidamente em contacto com o ar, mas não têm anexos embrionários. Podem ser postos apenas 2 ou 3 ovos, soltos ou em cordões, mas algumas espécies atingem os 50000 ovos por postura.
Nas espécies que colocam os ovos em terra ou os retêm, o desenvolvimento é directo, pois a larva permanece no ovo até emergir como uma miniatura do adulto. Estas espécies têm a vantagem de se libertarem da dependência da água para a reprodução pois não existe fase larvar aquática.

Salamandra: Nasce na água, mas acasala em terra.

A salamandra comum hiberna. No inverno esconde-se nos troncos ocos das árvores. Habitam regiões arborizadas e têm hábitos essencialmente noturnos. Ao contrário de outros anfíbios, a salamandra comum acasala em terra firme. Na primavera, os machos, que são muito ativos, correm de uma fenda a outra à procura de fêmeas. Depois da fecundação, os ovos desenvolvem-se dentro do órgão genital da fêmea. As larvas nascem da fêmea numa corrente de água. Sofrem metamorfose, tornam-se adultas e perdem a capacidade de viver dentro da água.

Tritões

O tritão passa todo o inverno enterrado no lodo ou no subsolo. Quando chega a primavera, sai do sono hibernal e parte para a lagoa mais próxima. Essa estação é a época do acasalamento, que ele passa dentro da água. No macho cresce no dorso uma crista, geralmente denteada, surge uma cor mais brilhante e desenvolvem-se membranas natatórias nos pés. Tais ornamentos desaparecem assim que termina a época do acasalamento. A fêmea não apresenta nenhuma mudança.

Ao contrário da rã e do sapo o tritão põe um ovo de cada vez. O ovo é colocado sobre uma folha de planta aquática, que é cuidadosamente dobrada para protege-lo. Quinze dias após, nasce uma minúscula larva que sai do seu abrigo e começa a procurar alimento. A princípio, essa larva é vegetariana, mas aos poucos tornan-se carnívora. O tritão adulto come insetos, vermes, crustáceos e moluscos. A sua pele lisa é coberta por um muco venenoso que não o deixa ressecar e o protege de predadores, como a cobra-d'água. Os tritões são encontrados no hemisfério norte, tanto nas Américas quando na Eurásia. As espécies européias incluem tritões de crista, palmados e lisos.

Axalotle

A rã e a maioria dos anfíbios saem da água quando adultos. O axalotle, porém, passa toda a sua vida na água, como um peixe de quatro pés. Além disso, permanece no seu estado larval, o que, no entanto, não impede sua reprodução. Como pode ocorrer isso? O segredo foi revelado no Zoológico de Paris. Com a mudança de ambiente, os axalotles mudaram de cor e se tornaram salamandras - afinal, adultos! E tudo ficou claro. O axalotle é de fato uma salamandra que não chega à sua forma adulta, ao menos na aparência. Seus órgãos internos, incluindo os de reprodução, atingem a maturidade sexual sem no entanto saírem também da fase larval. O caso do axalotle não é o único; isso acontece também com outras espécies de salamandra.
O ambiente natural do axalotle limita-se aos lagos perto da Cidade do México. O axalotle jovem alimenta-se de plancto e de uma pequena mosca das águas (dáfnia). Os adultos alimentam-se de vermes, crustáceos e peixes. Na época do acasalamento, o macho deposita o esperma em um pequeno saco que a fêmea recolhe no fundo do lago. Após uma semana, ela põe de 200 a 600 ovos, que se abrem 2 a 3 semanas depois.

3/06/2006

Gripe das Aves II

Primeiro caso na Polónia

Bacterial Conjugation

Conjugation is merely the fusion of two compatible bacterial cells. Bringing two genotypes together and allowing them to conjugate is the equivalent of making a cross in eukaryotes. Our discussion of conjugation will center on the gut bacterium Escherichia coli (E. coli). Conjugation and gene transfer in E. coli are driven by a circular DNA plasmid called the fertility factor or sex factor (F), which is found in some but not all cells. Hence to understand how to make a cross in E. coli, we have to understand the properties of F.

E. coli

Escherichia coli is a Gram-negative bacterium, also called "the intestinal rod". It is part of the intestinal microflora.

Para saber mais